Reflexos da perda do controle estatal sobre os agrotóxicos no Brasil e sua regulação pelo mercado

Autores

  • Aline Monte Gurgel Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Aggeu Magalhães. Recife, Brasil.
  • Clenio Azevedo Guedes Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Aggeu Magalhães. Recife, Brasil.
  • Idê Gomes Dantas Gurgel Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Aggeu Magalhães. Recife, Brasil.
  • Lia Giraldo da Silva Augusto Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Aggeu Magalhães. Recife, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1252

Palavras-chave:

agrotóxicos, neodesenvolvimentismo, reprimarização, regulação, flexibilização

Resumo

Nos últimos anos, o Brasil tem se revelado um dos maiores produtores de commodities agrícolas como soja, milho e açúcar. Este modelo depende do uso de insumos químicos, tornando o país um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. A expansão das commodities agrícolas e, consequentemente, do uso de agrotóxicos, se dá em função do neodesenvolvimentismo que orienta a reprimarização da economia brasileira, ocorrida no âmbito das políticas neoliberais. O presente artigo fundamenta-se em trabalho que objetiva evidenciar a perda da função reguladora do Estado no que se refere ao registro de agrotóxicos no Brasil diante da reprimarização econômica. A lógica capitalista de rentabilidade busca substituir o Estado pelo mercado como forma de socialização e enquanto mecanismo regulatório. Em meio à expansão do agronegócio, a flexibilização da função regulatória estatal tende a desproteger a população dos efeitos nocivos dos agrotóxicos, principalmente seus segmentos de maior vulnerabilidade como trabalhadores e moradores de áreas rurais.

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Publicado

29-09-2017

Como Citar

Gurgel, A. M., Guedes, C. A., Gurgel, I. G. D., & Augusto, L. G. da S. (2017). Reflexos da perda do controle estatal sobre os agrotóxicos no Brasil e sua regulação pelo mercado. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 11(3). https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1252

Edição

Seção

Ensaios