As guerras do Rio: mídia, favela e militarização do cotidiano
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1426Palavras-chave:
Guerra do Rio, Rio de Janeiro, O Globo, Jornal do Brasil, Favela, Cotidiano, Teoria da Agenda, Enquadramento, Segurança Pública, Militarização.Resumo
Este trabalho analisa o uso da expressão Guerra do Rio como elemento estruturante das narrativas jornalísticas sobre o tráfico de drogas de varejo nas favelas do Rio de Janeiro. A partir de reportagens publicadas em dois jornais cariocas – O Globo e Jornal do Brasil -, em dez diferentes anos, ao longo de quatro décadas (dos anos 1980 a 2010)i, busca-se recuperar as condições de emergência desta representação e os sentidos postos em circulação, bem como problematizar suas consequências. Utilizando a teoria da agenda (Mc Combs e Shaw) e a análise do enquadramento (Entmann) pretendemos compreender como a construção de uma cidade em guerra nos discursos jornalísticos influenciou a agenda pública em diferentes períodos, justificando a militarização do cotidiano da população moradora de favelas, submetendo-a a uma sociabilidade violenta (Machado da Silva).
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