As convocações biopolíticas da imprensa em prol da cesariana
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v14i2.1863Palavras-chave:
Nascimento, Parto, Cesariana, Biopolítica, Comunicação, Dispositivos, Imprensa.Resumo
Este artigo aborda a questão das convocações biopolíticas em torno das vias de nascimento, parto e cesariana, identifiadas em dois grandes jornais de circulação nacional: Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Considerados como dispositivos, segundo conceito adotado, esses veículos de mídia propagam o paradoxo: normal e seguro é fazer cesariana; estranho e arriscado é o parto normal. No entanto, mais do que propagarem o discurso em prol da cesariana, essas mídias convocam os leitores, com enunciados ancorados no medo, no controle do corpo e na bioeconomia. A constatação resultou da investigação conceitual realizada nas 390 reportagens sobre o tema publicadas nesses dois jornais entre 2010 a 2015. O período é marcado pelo crescimento constante do número dessas cirurgias no Brasil, o que chegou a ser considerado uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde.
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