As representações e os sentidos do silêncio nas experiências de mulheres que vivem com HIV/Aids
Resumo
Este artigo busca discutir os resultados da pesquisa “Mulheres e aids: silêncio e silenciamento”, que se empenhou em compreender os sentidos do silêncio nas experiências de mulheres que vivem com HIV/Aids, lançando luz à ideia de que o silêncio é uma mediação, uma vez que ele implica em expressão de sentidos e de ação social. Nesta perspectiva, procurou-se responder: o que é incomunicado por mulheres que vivem com HIV/Aids e quais os sentidos produzidos por essa incomunicação? Para tanto, foram realizadas entrevistas em profundidade, além de ter sido utilizado o método de observação participante do Grupo de Mulheres que vive e convive com HIV/Aids e se reúne na ONG Grupo Pela Vidda - Rio de Janeiro. Foram traçados, ainda, mapas do mercado simbólico, visando pensar os fluxos e atores da prática discursiva dessas mulheres. A partir do estudo, verifica-se que o cenário da epidemia em mulheres ainda é permeado por silêncios relacionados com as implicações da estigmatização referentes à doença. Porém, não obstante essa realidade, as mulheres que vivem com HIV/Aids buscam espaços alternativos para manifestarem seus dramas.
Palavras-chave
Barreiras de Comunicação; Comunicação em Saúde; Vulnerabilidade em Saúde; Estigma Social; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Gênero e Saúde; Saúde da Mulher; Mediação
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.3395/reciis.v8i1.456
Apontamentos
- Não há apontamentos.
e-ISSN 1981-6278
Icict - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
Fundação Oswaldo Cruz | Ministério da Saúde
Av. Brasil, 4365 | Pavilhão Haity Moussatché | Manguinhos | CEP 21040-900
Rio de Janeiro | Brasil