Entre ciência e representações: a esquizofrenia e seus personagens nas páginas da Folha de S. Paulo
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v6i4.620Palavras-chave:
Comunicação em Saúde, Esquizofrenia, Jornalismo CientíficoResumo
Um tema localizado na intersecção entre saúde e sociedade e uma cobertura midiática marcada pelo encontro entre jornalismo e ciência. Baseado nesse contexto e partindo do pressuposto de notícia como construção social e produto da cultura, este artigo analisa 35 notícias veiculadas pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2009, sobre a esquizofrenia e seus personagens. Narrativas noticiosas que abordam a doença mental que carrega o maior estigma e atinge a quase 2 milhões de brasileiros e se referem a seus aspectos clínicos e científicos (saúde) e as ações de possíveis portadores. A partir de análise de conteúdo quantitativa e qualitativa, os textos foram avaliados a fim de compreender quais as notícias que temos, os elementos constitutivos e as versões da "realidade" que atuam em sua construção e, por fim, inferir porque elas são como são. Notou-se uma cobertura notadamente polissêmica, que comporta versões heterogêneas, conflitantes e complementares tanto científicas quanto do senso comum, alternando-se entre as representações sociais de uma ciência idealizada e salvadora, que encontrará a cura da esquizofrenia e as imagens de uma psicose vista como uma condição permanente, resumida pela loucura e cujos portadores são violentos, insanos e incapazes
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