A experiência da Fiocruz na formação de profissionais em saúde global e diplomacia da saúde: base conceitual, estrutura curricular e primeiros resultados
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v4i1.721Palavras-chave:
saúde global, diplomacia da saúde, bens públicos globais, governança global, capacitação, BrasilResumo
O desenvolvimento de capacidades na área de Saúde Internacional e a formação de recursos humanos para atuar em saúde em nível internacional é uma preocupação da Fiocruz há mais de uma década. A criação da área de Saúde Global e Diplomacia da Saúde, assim como outras iniciativas institucionais, culmina esse processo. Este artigo analisa os referenciais teóricos que orientam a formação em saúde global e diplomacia da saúde desenvolvida pela Escola Nacional de Saúde Pública-Fiocruz, em colaboração com vários parceiros, internos e externos à instituição. A partir de uma breve revisão conceitual, que delimita essas áreas como novos objetos de reflexão da saúde coletiva, discute-se o eixo central que organiza os conteúdos da formação – as relações entre globalização e saúde – e apresenta-se a estrutura do I Curso de Especialização em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, realizado em 2008-2009, em Brasilia. Conclui-se que, apesar dos avanços identificados na última década, essas áreas ainda carecem de maior refinamento conceitual e do desenvolvimento de marcos analíticos sólidos. E os impactos na saúde das populações, produzidos pelos processos de globalização, também colocam novos desafios para a cooperação internacional. Tendo em vista a prioridade concedida à saúde pela atual política externa brasileira é ainda insuficiente tanto a produção de conhecimentos quanto a capacitação de pessoas para lidar com essa nova realidade. Daí a importância do investimento que vem sendo realizado.Downloads
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