Versos que curam: etnografia dos saberes de cura numa poética-visual
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v2i2.811Palavras-chave:
saberes de cura, folhetos de cordel, poética-visual, PernambucoResumo
Esta pesquisa pretende analisar folhetos de cordel referidos a saberes de cura, tendo como objetivo a análise desta produção poético-visual. A hipótese do trabalho é que os saberes de cura populares tinham no universo dos folhetos um importante meio de divulgação de casos, histórias e estórias. Trata-se não só de retratar a cisão que legou a estes saberes um papel subalterno, mas, sobretudo, de problematizar a assimetria epistemológica produzida entre o ‘saber’ da ciência e a ‘crença’ dos outros. E importa questionar a tradicional classificação tanto destes saberes quanto deste gênero poético nas categorias da superstição e do folclore, em razão de que tal julgamento implicaria perda daquilo que poderia ser caracterizado como expressão de um sortilégio de saberes, além da inobservância da peculiaridade e estatuto da poesia e a relação de alteridade suscitada pela fala na escrita e seus recursos imagéticos. Para tanto, far-se-á etnografia no Arquivo IEB-USP - que abriga as coleções de folhetos arrolados - com vistas a cotejar o objetivo inicial da pesquisa em face da apropriação deste gênero poético no projeto Terceira Viagem dos Poetas ao Brasil – Nordeste – Caravana da Saúde (Pernambuco, 1994), que resultou na produção de folhetos sobre medicina preventiva.Downloads
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