“Você faz o que te faz feliz?” Então, “abra a felicidade”: as semelhanças entre as narrativas publicitárias e os relatos sobre trajetórias profissionais
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v10i2.1003Palavras-chave:
Trajetórias profissionais, narrativas individuais sobre felicidade, propaganda em televisão, subjetividade, consumo.Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre como a categoria felicidade e a ideia de bem-estar estão entranhadas na lógica do consumidor moderno, a partir da comparação de 20 depoimentos sobre trajetórias profissionais de pessoas provenientes das camadas médias urbanas que mudaram de profissão, narrativas publicitárias e happy ending de telenovelas. Minha hipótese é de que existem semelhanças entre as narrativas dos que mudaram intencionalmente de profissão e a lógica do consumidor, pois o consumo pode ser visto como um configurador de identidades. As metamorfoses nas profissões aspiram a experiências mais autênticas e à conquista da felicidade e do bem-estar. Assim, além de prover o sustento, o trabalho deve ‘expressar os próprios trabalhadores’.
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