Notícias sobre a nova classificação das identidades trans: uma análise das fontes citadas em reportagens publicadas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v13i2.1699Palavras-chave:
Gênero, Transgêneros, Comunicação em saúde, Jornalismo, CID-11, Medicalização.Resumo
A divulgação da décima primeira edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-11), em junho de 2018, mereceu atenção da imprensa internacional e nacional. Nessa versão, as identidades trans deixaram de ser classificadas como doença mental e foram categorizadas como incongruência de gênero no novo capítulo relacionado à saúde sexual. Considerando que práticas discursivas conformam e são conformadas por práticas sociais e que o processo de despatologização é marcado pelos conceitos de medicalização e biomedicalização, este trabalho identifica e analisa as fontes citadas na cobertura jornalística produzida no Brasil. O objetivo é entender, a partir dos atores sociais que foram selecionados, entrevistados e citados como fontes, os sentidos construídos pelos principais jornais do país sobre o tema. Observa-se que fontes institucionais do campo da saúde concorrem com outras do campo jurídico, com representantes de movimentos sociais e pessoas trans, que falam por si.
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