As representações visuais da dengue em livros didáticos e materiais impressos

Autores

  • Sheila Soares de Assis Graduação em Ciências Biológicas - ênfase em Biologia Marinha e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense, Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde, Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Virgínia Torres Schall Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Mestrado em Fisiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Pesquisadora titular do Centro de Pesquisas René Rachou – (CPqRR - Fundação Oswaldo Cruz/MG). Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Denise Nacif Pimenta Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado em Tecnologia Educacional nas Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Doutorado em Ciências da Saúde pelo Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz/MG. Pesquisadora do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LICTS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz). Belo Horizonte, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v7i3.504

Palavras-chave:

Dengue, educação em saúde, representação visual, livros didáticos e materiais impressos.

Resumo

A dengue é um importante agravo nos contextos nacional e internacional. As ações de educação em saúde são indicadas para o seu controle. Os livros didáticos e materiais impressos são utilizados nas práticas educativas realizadas pelos setores da saúde e da educação. Objetivou-se, neste artigo, analisar, com base em um referencial teóricometodológico socioantropológico, as representações visuais sobre a dengue. Identificou-se um total de 262 imagens, sendo 204 provenientes dos materiais impressos coletados em Itaboraí (RJ) em 2010/2011 e 58 dos livros didáticos distribuídos nacionalmente, publicados entre 2008 e 2011. Verificou-se que o corpo é representado por meio de perspectiva biomédica para a abordagem da doença e sua sintomatologia. A carga da doença e seu impacto social são expressos de forma subliminar. Há valorização excessiva do papel do médico enquanto os agentes de endemias são caracterizados apenas como profissionais normatizadores. Já a população é estereotipada de acordo com sua faixa etária. Os impressos centram-se na difusão de imagens sobre a prevenção e o controle da doença, em especial o controle químico, e oslivros didáticos, no vetor. Na representação do vetor é valorizada a estética do grotesco por meio de monstros zoomorfos ou vampirescos. É dada ênfase, em ambos os materiais, à paisagem, onde criadouros artificiais do vetor são evidenciados de forma dogmática e o território é negligenciado.

 

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Como Citar

Assis, S. S. de, Schall, V. T., & Pimenta, D. N. (2013). As representações visuais da dengue em livros didáticos e materiais impressos. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 7(3). https://doi.org/10.3395/reciis.v7i3.504

Edição

Seção

Artigos originais