As representações visuais da dengue em livros didáticos e materiais impressos
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v7i3.504Palavras-chave:
Dengue, educação em saúde, representação visual, livros didáticos e materiais impressos.Resumo
A dengue é um importante agravo nos contextos nacional e internacional. As ações de educação em saúde são indicadas para o seu controle. Os livros didáticos e materiais impressos são utilizados nas práticas educativas realizadas pelos setores da saúde e da educação. Objetivou-se, neste artigo, analisar, com base em um referencial teóricometodológico socioantropológico, as representações visuais sobre a dengue. Identificou-se um total de 262 imagens, sendo 204 provenientes dos materiais impressos coletados em Itaboraí (RJ) em 2010/2011 e 58 dos livros didáticos distribuídos nacionalmente, publicados entre 2008 e 2011. Verificou-se que o corpo é representado por meio de perspectiva biomédica para a abordagem da doença e sua sintomatologia. A carga da doença e seu impacto social são expressos de forma subliminar. Há valorização excessiva do papel do médico enquanto os agentes de endemias são caracterizados apenas como profissionais normatizadores. Já a população é estereotipada de acordo com sua faixa etária. Os impressos centram-se na difusão de imagens sobre a prevenção e o controle da doença, em especial o controle químico, e oslivros didáticos, no vetor. Na representação do vetor é valorizada a estética do grotesco por meio de monstros zoomorfos ou vampirescos. É dada ênfase, em ambos os materiais, à paisagem, onde criadouros artificiais do vetor são evidenciados de forma dogmática e o território é negligenciado.
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