Sofrimento social e a corporificação do mundo: contribuições a partir da Antropologia
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v5i4.764Palabras clave:
Sofrimento social, corporificação, Antropologia do Corpo e da Saúde, Antropologia Médica, populações indígenas, BrasiResumen
O sofrimento, como um evento que acompanha o homem desde a sua mais remota existência, é um processo complexo e multifacetado debatido nas diferentes áreas de conhecimento. O presente artigo
visa apresentar a contribuição da Antropologia para esse debate, voltando-se para a dimensão social da aflição, mais particularmente o que tem sido chamado de sofrimento social. Iniciando com uma exposição sobre os conceitos que se referem a problemas da saúde, sugere-se que o sofrimento é social não somente por ser causado por ou ocorrer em condições sociais específicas, mas porque, como um todo, é um processo social corporificado nos sujeitos históricos. A partir da exposição de um caso etnográfico de indígenas que vivem no Rio Grande do Sul, Brasil, discute-se três faces do sofrimento social: (1) as apropriações autorizadas ou contestadas do sofrimento coletivo; (2) a medicalização da vida; e (3) o sofrimento na relação com as políticas públicas. Para concluir, chamamos a atenção para a diferença entre o reconhecimento de um problema de saúde e de um processo de sofrimento social, sendo esse último caracterizado pela indissociabilidade das dimensões físicas, psicológicas, morais e sociais do mal estar. Ressaltamos que a contribuição da Antropologia está na disponibilização de ferramentas teóricas e metodológicas que nos permitam perguntar, de
uma maneira comprometida com os sujeitos, sua história e situação social, como o sofrimento é produzido e reconhecido e quais as implicações éticas e políticas dos diferentes tipos de reconhecimento.
Descargas
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor: El autor retiene los derechos sobre su obra sin restricciones.
Derechos de reutilización: La Reciis adopta la Licencia Creative Commons, CC BY-NC atribución no comercial conforme la Política de Acceso Abierto al Conocimiento de la Fundación Oswaldo Cruz. Con esa licencia es permitido acceder, bajar (download), copiar, imprimir, compartir, reutilizar y distribuir los artículos, desde que para uso no comercial y con la citación de la fuente, confiriendo los debidos créditos de autoría y mención a la Reciis. En esos casos, ningún permiso es necesario por parte de los autores o de los editores.
Derechos de depósito de los autores/auto-archivado: Los autores son estimulados a realizar el depósito en repositorios institucionales de la versión publicada con el link de su artículo en la Reciis.