Salutarismo e medicalização da vida cotidiana

Auteurs

  • Robert Crawford School of Interdisciplinary Arts and Sciences, University of Washington Tacoma. Tacoma, WA

DOI :

https://doi.org/10.29397/reciis.v13i1.1775

Mots-clés :

Medicalização, Autocuidado, Bem-estar.

Résumé

Este artigo trata de algumas implicações da nova consciência de saúde e seus movimentos – de saúde holística e autocuidado – para a definição e solução de problemas relacionados à ‘saúde’. O salutarismo representa um modo particular de considerar o problema da saúde e é característico desse novo tipo de consciência e de seus movimentos. Ele pode ser melhor entendido como uma forma de medicalização, no sentido de que ainda retém noções-chave da medicina. Assim como a medicina, o salutarismo situa o problema da saúde e da doença no nível do indivíduo, e as soluções são elaboradas no plano individual. Na medida em que o salutarismo dá contornos a crenças populares, continuaremos a ter uma concepção e estratégias de promoção de saúde apolíticas, e, portanto, sem efeitos. Além disso, ao conceder à saúde um estatuto de supervalor, uma metáfora para tudo o que há de bom na vida, o salutarismo reforça a privatização da luta por generalização do bem-estar.

Biographie de l'auteur

Robert Crawford, School of Interdisciplinary Arts and Sciences, University of Washington Tacoma. Tacoma, WA

Doutorado em Ciências Política pela University of Chicago.

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Publiée

2019-03-29

Comment citer

Crawford, R. (2019). Salutarismo e medicalização da vida cotidiana. Revue De La Communication, De l’Information Et De l’Innovation En Santé, 13(1). https://doi.org/10.29397/reciis.v13i1.1775