Da comunicação da informação à produção do significado como estratégia para promoção do direito da saúde
DOI :
https://doi.org/10.3395/reciis.v6i2.525Mots-clés :
Relação médico-paciente, comunicação em saúde, antropologia médica, eficácia terapêutica, desigualdade em saúde.Résumé
O tema da comunicação no âmbito da saúde é colocado em discussão como uma estratégia que dificilmente promove o direito à saúde de pacientes e usuários, pelo fracasso em considerar a perspectiva destes ou por não considerar as circunstâncias socioeconômicas em que vivem, as quais contribuem na produção da doença e do sofrimento. Baseada em uma abordagem antropológica, a comunicação será repensada como um processo de produção participativa do significado da realidade, capaz de promover uma reformulação da experiência da doença, permitindo também a identificação de possíveis formas de intervenção social capazes de suportar uma tal reformulação da experiência. Ao introduzir o conceito de direito ao significado como base para a identificação de outros direitos, promove-se também o conceito de eficácia terapêutica, que será reconsiderado em termos de transformação, mas não apenas em termos de possíveis transformações no plano anatomo-fisiológico que as técnicas de intervenção biomédica podem realizar, não apenas em termos de transformações nos relacionamentos de sentido que a relação de cuidado focada no direito ao significado pode promover, mas também em termos de uma transformação nas relações sociais em que os pacientes estão envolvidos.
Palavras chave: Relação médico-paciente; comunicação em saúde; antropologia médica, eficácia terapêutica, desigualdade em saúde.
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