As narrativas jornalísticas sobre o sofrimento estudantil e a medicalização da universidade
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v14i3.2083Palavras-chave:
Saúde mental, Medicalização, Universidade, Jornalismo, Sofrimento.Resumo
Este artigo investiga como a imprensa brasileira apresenta ao público a questão do sofrimento psíquico e do adoecimento mental de estudantes universitários. Para tanto, foi selecionado um corpus composto por 53 matérias jornalísticas obtidas nos principais veículos online do Brasil sobre o tema da saúde mental na universidade, no período de 2017 a 2019. Os textos foram analisados no sentido de identifiar padrões nos modos de narrar o sofrimento estudantil, qual é o perfi dos estudantes que protagonizam as matérias, quem são os profisionais e especialistas autorizados a opinar sobre o tema e a partir de quais dados e saberes as reportagens fundamentam suas informações. O estudo indica que o sofrimento estudantil é codifiado a partir da perspectiva da medicalização e poucas são as referências ao contexto socioeconômico e político no qual o mal-estar é gerado.
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