Uma epizootia, duas notícias: a febre amarela como epidemia e como não epidemia

Auteurs

  • Claudia Malinverni Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Biblioteca CIR. São Paulo, Brasil.

DOI :

https://doi.org/10.29397/reciis.v11i2.1339

Mots-clés :

saúde pública, febre amarela, comunicação e saúde, jornalismo, práticas discursivas, produção de sentidos no cotidiano.

Résumé

Ciclicamente afetado por epizootias de febre amarela silvestre, nos últimos nove anos o Brasil registrou a midiatização de dois desses episódios, com consequências distintas no cotidiano da saúde pública, em particular, e da população, de modo geral. No primeiro, em 2008, a intensa cobertura jornalística provocou um transbordamento da rede de sentidos da epizootia da sua dimensão epidemiológica para a dimensão cotidiana, o que acabou por configurar a doença como um objeto específico e independente que se instalou no cotidiano como uma epidemia midiática de febre amarela. Diferentemente, em 2017, a narrativa jornalística centrada na objetividade da informação factual, com grande ancoragem no discurso perito, manteve o fenômeno circunscrito à forma silvestre. Uma análise comparativa das notícias publicadas nos dois períodos permitiu observar que as diferenças no uso de repertórios e o enquadramento dos textos determinaram a produção do sentido epidêmico em 2008 e não epidêmico em 2017.

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Publiée

2017-06-29

Comment citer

Malinverni, C. (2017). Uma epizootia, duas notícias: a febre amarela como epidemia e como não epidemia. Revue De La Communication, De l’Information Et De l’Innovation En Santé, 11(2). https://doi.org/10.29397/reciis.v11i2.1339

Numéro

Rubrique

Notes de conjoncture