Assistência em saúde a situações terminais: entre práticas médicas e crenças religiosas

Autores

  • Rachel Aisengart Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v4i3.661

Palavras-chave:

relação médico/paciente, assistência espiritual, cuidados paliativos, processo saúde

Resumo

O novo Código de Ética Médica, que passou a vigorar em 13 de abril de 2010, contempla situações clínicas irreversíveis e terminais. Nesses casos é indicado ao médico evitar a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários, prestando os cuidados paliativos apropriados aos pacientes sob sua responsabilidade. O processo de aprovação desse texto é examinado neste artigo, assim como as transformações ocorridas em poucas décadas no Brasil, no que tange à assistência em saúde a quadros clínicos avaliados como fora de possibilidades terapêuticas de cura ou terminais. Os termos ortotanásia, distanásia e eutanásia, apesar de não utilizados no novo código de ética médica, são aqui enfocados, inclusive com o exame dos diferentes posicionamentos de grupos religiosos acerca do processo do morrer. O morrer bem, com dignidade, ou a produção de uma morte humanizada, é objeto da atenção de profissionais de cuidados paliativos, que postulam a necessidade de assistência espiritual aos doentes e a seus familiares. A partir de pesquisas com equipes paliativistas e do texto da nova norma de conduta médica, são debatidos os dilemas que se apresentam, na prática, entre todos os envolvidos no processo do morrer. Por fim, enfoca-se a relação médico/pacientes/familiares nesta recente modalidade de assistência, uma vez que tal interação é perpassada por relações de poder, nas quais também se apresentam diferentes valores e crenças religiosas.

Biografia do Autor

Rachel Aisengart Menezes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora adjunta do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

 

Como Citar

Menezes, R. A. (2015). Assistência em saúde a situações terminais: entre práticas médicas e crenças religiosas. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 4(3). https://doi.org/10.3395/reciis.v4i3.661