Os arquivos no centro das questões de identidade, imediatismo e memória
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v17i2.3601Palavras-chave:
Coleta de arquivos, Acesso aos arquivos, Arquivos digitais, Memória, IdentidadeResumo
Os arquivos estão no centro de práticas e políticas contraditórias: por um lado, produção massiva, recolha imediata, exploração instantânea e publicação aberta; por outro lado, esquecimento, destruição ou negligência, e acesso fechado. O artigo ilustra essas contradições comparando, em primeiro lugar, três iniciativas de recolha de arquivos que permitiram e permitem recuperar o lugar do ‘invisível’ nas nossas sociedades, contra duas operações mais coletivas na sequência da tragédia francesa de 13 de Novembro de 2015 e dos períodos de confinamento. Depois da recolha, colocam-se questões relacionadas com as tensões geradas pela produção digital: como gerir o fluxo contínuo, a exigência de imediatismo, o recuo da presença humana? Finalmente, num contexto em que coexistem políticas públicas de memória e medidas regulamentares destinadas a proteger o segredo de defesa e o direito ao esquecimento, como podem arquivistas e historiadores trabalhar em conjunto para garantir que esta memória possa ser restituída aos cidadãos?
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