Sistema mundial, América do Sul, África e “potências emergentes”

Autores

  • José Luis da Costa Fiori Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos Internacionais, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v4i1.692

Palavras-chave:

sistema político-econômico mundial, conjuntura internacional, potências emergentes, América do Sul, África, relações Brasil-China-India-África do Sul

Resumo

Este artigo articula algumas idéias sobre a dinâmica do sistema mundial e a conjuntura internacional, analisando a posição do Brasil nesse universo e as suas relações com as chamadas “potências emergentes”. Parte-se de uma hipótese histórica, de longo prazo, sobre a gênese do “sistema inter-estatal capitalista”, desde sua formação, na Europa, durante o “longo século XIII”, até o início do século XXI. Analisa-se também, nessa mesma perspectiva teórica, a nova inserção da América do Sul (e do Brasil) nesse sistema mundial, assim como a da África, e as relações entre o Brasil, a África do Sul, a China e a Índia. Argumenta-se que o atual “sistema político?econômico mundial” não foi uma obra espontânea, nem diplomática, e muito uma construção exclusiva do mercado. É resultado da ação de uma verdadeira “máquina de acumulação de poder e de riqueza” – os estados-economias nacionais – criada pelos europeus e que se universalizou pelo mundo ao longo dos séculos, alimentada pelas guerras. Conclui-se que qualquer discussão sobre o futuro desse sistema mundial tem que levar em consideração essa dinâmica ao mesmo tempo destrutiva e criadora, que tem como premissas constitutivas a não estabilidade e a permanente busca por mais poder e mais riqueza. Reconhece-se ainda um retorno da “questão social”, junto com a “questão nacional”, e uma maior densidade material e política nas relações Sul-Sul, que podem re-desenhar a economia política do sistema mundial.

Publicado

31-03-2010

Como Citar

Fiori, J. L. da C. (2010). Sistema mundial, América do Sul, África e “potências emergentes”. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 4(1). https://doi.org/10.3395/reciis.v4i1.692