A Rede de Teleassistência de Minas Gerais e suas contribuições para atingir os princípios de universalidade, equidade e integralidade do SUS - relato de experiência.
DOI:
https://doi.org/10.3395/reciis.v7i2.480Palavras-chave:
Telemedicina, Atenção Primária à Saúde, Gestão em Saúde, Informática em saúde pública, Tecnologia da Informação.Resumo
No Brasil, há desigualdade no acesso a serviços de saúde especializados, principalmente em municípios remotos. A telessaúde surgiu como estratégia para fornecer suporte aos profissionais de saúde da Atenção Primária desses municípios. O objetivo deste estudo é relatar a experiência exitosa da Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG), ressaltando como o serviço contribui para atingir os princípios doutrinários do SUS. A metodologia é relato da experiência, estudo observacional retrospectivo com relação à avaliação das teleconsultorias e avaliação de custo-efetividade. Em 2005, recursos públicos do governo do estado e de agências de fomento à pesquisa financiaram a criação da RTMG, com o objetivo de conectar hospitais de seis universidades públicas à Atenção Primária de municípios remotos. Em 2006, 82 municípios eram atendidos. Várias expansões foram realizadas e, desde 2012, o serviço atende 660 municípios. Até fevereiro de 2013, 1.165.410 eletrocardiogramas e 48.680 teleconsultorias foram realizados (média de 6,1 atividades/município/semana). As teleconsultorias evitaram potenciais encaminhamentos em 80%. O Retorno sobre Investimento foi de R$ 3,75 para cada R$ investido. Concluindo a RTMG colabora para se atingir no sistema público de saúde de Minas Gerais os pressupostos de universalidade, equidade e integralidade, além de contribuir com a melhora da qualidade do cuidado.
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Recebido: 14.03.2013
Aceite: 10.06.2013
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