Expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde e as desigualdades regionais no Brasil

Tais Ivastcheschen Taques; Estela Baldani Pinto; Karyn Lemes Romanowski; Rafael Gomes Ditterich; Erildo Vicente Muller; Manoelito Ferreira Silva Junior

doi:10.29397/reciis.v17i2.3545

Expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde e as desigualdades regionais no Brasil

Auteurs

Tais Ivastcheschen Taques Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR https://orcid.org/0000-0001-8496-5990
Estela Baldani Pinto Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR https://orcid.org/0000-0002-7325-9422
Karyn Lemes Romanowski Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR https://orcid.org/0000-0002-8415-2129
Rafael Gomes Ditterich Universidade Federal do Paraná, Departamento de Saúde Comunitária. Curitiba, PR https://orcid.org/0000-0001-8940-1836
Erildo Vicente Muller Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR https://orcid.org/0000-0003-4643-056X
Manoelito Ferreira Silva Junior Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Saúde I. Jequié, BA https://orcid.org/0000-0001-8837-5912

DOI :

https://doi.org/10.29397/reciis.v17i2.3545

Mots-clés :

Atenção Primária à Saúde, Sistema Único de Saúde, Avaliação em saúde, Qualidade, acesso e avaliação da assistência à saúde, Gestão de ciência, tecnologia e inovação em saúde

Résumé

O objetivo do estudo foi analisar a expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e comparar as regiões geográficas. Estudo de série histórica com dados secundários da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) obtidos a partir dos módulos I e II do 1º (2012), do 2º (2014) e do 3º (2018) ciclos. Os equipamentos de Tecnologia da Informação e o uso da telessaúde foram associados aos ciclos e às regiões geográficas pelo teste quiquadrado ajustados pelo teste z de Bonferroni, e a comparação entre a média de equipamentos foi realizada pelo teste Kruskal-Wallis (p<0,05). Houve expansão no uso da telessaúde pelas Equipes de Atenção Básica (eAB) entre 2012 (12,7%), 2014 (27,7%) e 2018 (54,6%) (p<0,001). Houve aumento da média de todos equipamentos disponíveis para as eAB (p<0,001). Apesar do aumento na disponibilidade de equipamentos e do uso da telessaúde entre os ciclos e as regiões geográficas, as disparidades regionais se mantiveram, com as piores proporções no Norte e no Nordeste.

Bibliographies de l'auteur

Tais Ivastcheschen Taques, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR

Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Estela Baldani Pinto, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR

Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Karyn Lemes Romanowski, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR

Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Rafael Gomes Ditterich, Universidade Federal do Paraná, Departamento de Saúde Comunitária. Curitiba, PR

Doutorado em Odontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Curitiba.

Erildo Vicente Muller, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR

Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo.

Manoelito Ferreira Silva Junior, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Saúde I. Jequié, BA

Doutorado em Odontologia pela Universidade de Campinas.

Références

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Publiée

2023-06-30

Comment citer

Taques, T. I., Pinto, E. B., Romanowski, K. L., Ditterich, R. G., Muller, E. V., & Silva Junior, M. F. (2023). Expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde e as desigualdades regionais no Brasil . Revue De La Communication, De l’Information Et De l’Innovation En Santé, 17(2), 349–371. https://doi.org/10.29397/reciis.v17i2.3545

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Vol. 17 No 2 (2023): Dossiê Arquivo, memória e saúde

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Dossier Soins-en-interaction : pratiques, savoirs et réflexivité en santé (v. 18, n. 2) Avr./Juin. 2024

octubre 27, 2023

Concept indissociable de la communication, l’interaction est une partie constitutive de l’acte communicatif. Bien que vaste et guidé par des approches différentes, le défi analytique commun du domaine des études interactionnelles de la communication humaine, est d'observer la construction conjointe des énoncés et de leurs valeurs actionnelles dans l'environnement microécologique dans lequel ils sont produits, ce qui implique de regarder de manière émique, c'est-à-dire à partir de l'intérieur, et considérer les processus de réflexion des personnes participant à cette interaction communicationnelle humaine (Rodrigues, 2021).

Ce dossier, dont le titre mobilise le concept de soin-en-interaction, aborde les soins de santé dans une perspective interactionniste (Ostermann; Meneghel, 2012), avec un intérêt particulier pour les recherches à orientation multimodale, capables d'articuler, par un travail descriptif finement détaillé, les études du langage et du corps (Mondada, 2018).

L'expression soins-en-interaction générée par une matrice de construction de néologismes d’usage courant en Analyse Conversationnelle Ethnométhodologique (ACE) (Loder ; Jung, 2008), courant de recherche issu de la sociologie nord-américaine, dérivé de l'Ethnométhodologie de Harold Garfinkel, qui a été accueilli dans le monde entier dans de multiples disciplines (Watson ; Gastaldo, 2015), et qui, au cours des dix dernières années, a constitué le-langage-et-le-corps-en-interaction en objet d'étude.

Guidées par les données (Data driven), les analyses peuvent mobiliser et articuler d’autres courants théoriques, qui portent sur une multiplicité d’objets et de phénomènes : polyphonie et dialogisme bakhtinien, l'analyse austinienne des actes de langage, le travail de gestion des faces (face work) goffmanien et la politesse, les indices prosodiques de contextualisation, les justifications et la théorie de l'argumentation dans la langue, etc.

Les études sur les soin-en-interaction, du point de vue de l’analyse de la conversation ethnométhodologique, s’ouvrent à un ensemble d’investigations sur les interactions dans différents environnements et utilisant des ressources variées. Comme le souligne Harvey Sacks dans son étude classique des conversations téléphoniques enregistrées par un centre de prévention du suicide aux États-Unis d'Amérique, et donc médiées par un dispositif technologique de communication à distance, les recherches dont le matériel collecté n'inclut pas toutes les ressources multimodales disponibles dans les interactions face-à-face soulèvent des défis à relever, dont la prise en compte amène à souligner le grand potentiel analytique de l'approche émique, dans l’étude des dispositifs naturels et artificiels de médiation avec le monde.

Deux questions initiales ont engendré ce dossier : a) Comment l'interactivité est-elle exploitée dans différents environnements et scénarios, notamment eu égard aux questions de santé ? b) De quelle manière les approches microanalytiques des études sur les interactions peuvent-elles contribuer à la compréhension des processus sociaux ?

Nous encourageons la soumission de propositions d’articles d’auteurs de différents domaines des sciences sociales, humaines et de la santé – relevant notamment des études de la communication, du langage, de l’anthropologie, du travail social et de la sociologie – en lien, notamment, avec les sous-axes thématiques suivants :

Asymétries épistémiques, cognition située, intercompréhension et émotions-en-interaction ;
Études microanalytiques des cadres conversationnels de l'intervention sociale et sanitaire ;
Interactions en régime de téléprésence, médiées par des ordinateurs multimodaux (microphone, haut-parleur, webcam et écran) ;
Cadres interactionnels de pratiques de recherche conjointe et d'autoconfrontation dans la formation des professionnels de la santé et du social ;
Participation des citoyens aux dispositifs d’analyse conjointe des services et des pratiques de soin et d’accompagnement (science citoyenne) ;
Interactions atypiques, impliquant des personnes en situation de handicap.

Rédacteurs invités : Marcia Rodrigues Lisboa (Fondation Oswaldo Cruz – Laboratoire de phénoménologie, ethnométhodologie et analyse conversationnelle de la clusivité Sociale – Lab-FEACC_CLISSIS) et Michel Binet (Universidade Lusíada – Laboratoire de phénoménologie, ethnométhodologie et analyse conversationnelle de la clusivité Sociale – Lab-FEACC_CLISSIS)

Date limite de soumission : jusqu'au 20 février 2024.

Estimation de publication : Vol. 18, N. 2, avril/juin 2024.

Lors du dépôt des travaux, veuillez bien utiliser la catégorie Dossier Soins-en-interaction : pratiques, savoirs et réflexivité en santé.

Bibliographie

LODER, Letícia Ludwig; JUNG, Neiva Maria (orgs). Fala-em-interação social: introdução à análise da conversa etnometodológica. Campinas: Mercado de Letras, 2008.

MONDADA, Lorenza. Multiple temporalities of language and body in interaction: challenges for transcribing multimodality. Research on Language and Social Interaction, États-Unis, v. 51, n. 1, p. 85-106, 2018. DOI: https://doi.org/10.1080/08351813.2018.1413878. Disponible en : https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08351813.2018.1413878. Accès à : 25 oct. 2023.

OSTERMANN, Ana Cristina; MENEGHEL, Stela Nazareth (orgs). Humanização Gênero Poder: contribuições dos estudos de fala-em-interação para a atenção à saúde. Campinas: Mercado de Letras; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.

RODRIGUES, Adriano Duarte. A natureza da atividade comunicativa. Lisboa: Lisbon Press, 2021.

WATSON, Rod; GASTALDO, Édison. Etnometodologia e análise da conversa. Petrópolis: Vozes: PUC-Rio, 2015.

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Karyn Lemes Romanowski, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Ponta Grossa, PR

Rafael Gomes Ditterich, Universidade Federal do Paraná, Departamento de Saúde Comunitária. Curitiba, PR

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