A presença de oscilações no enquadramento midiático e de interpretações fragmentadas na cobertura do consumo de crack

Autores

  • Fernanda Vasques Ferreira Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar de Santa Maria da Vitória, Curso de Publicidade e Propaganda. Santa Maria da Vitória, BA http://orcid.org/0000-0003-4242-0057
  • Dione Oliveira Moura Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Curso de Graduação e Pós-Graduação. Brasília, DF http://orcid.org/0000-0003-2857-3284

DOI:

https://doi.org/10.29397/reciis.v14i2.1912

Palavras-chave:

Enquadramento midiático, Consumo do crack, Interpretações fragmentadas, Telejornalismo, Jornal Nacional.

Resumo

O estudo que fundamenta este artigo parte das premissas de que o Jornal Nacional da Rede Globo é um jornal de referência e de grande audiência, e de que a imprensa, ao enfocar determinado assunto, e apresentar um enquadramento específio para tal tema – no caso, o consumo do crack e as consequências sociais desse consumo – inflencia, de certa forma, a percepção pública sobre o tema. Quais são os enquadramentos midiáticos dados ao consumo do crack e às implicações sociais da droga na cobertura televisiva feita pelo Jornal Nacional, da Rede Globo? O objetivo é compreender os enquadramentos fornecidos pelo telejornal acerca do consumo do crack, a partir da análise sobre o modo como esse noticiário organiza o conteúdo informativo. Foi aplicada a análise de conteúdo nas reportagens veiculadas no JN no período de 2012 a 2017 e nas entrevistas realizadas com os repórteres responsáveis pela cobertura. Identifiamos que o telejornal enquadrou o consumo do crack e as implicações sociais decorrentes do uso da droga como um problema de saúde pública e como um problema social crônico (em menor medida), por um lado; e, por outro, como um problema de segurança pública, em maior medida. A maneira como esse telejornal organiza e dá sentido à questão pode, potencialmente, inflir na formulação de políticas públicas, assim como na maneira como a sociedade interpreta o assunto e dá signifiado ao quadro social do fenômeno do consumo do crack.

Biografia do Autor

Fernanda Vasques Ferreira, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar de Santa Maria da Vitória, Curso de Publicidade e Propaganda. Santa Maria da Vitória, BA

Doutorado em Comunicação pela Universidade de Brasília.

Dione Oliveira Moura, Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Curso de Graduação e Pós-Graduação. Brasília, DF

Doutorado em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília.

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Publicado

26-06-2020

Como Citar

Ferreira, F. V., & Moura, D. O. (2020). A presença de oscilações no enquadramento midiático e de interpretações fragmentadas na cobertura do consumo de crack. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 14(2). https://doi.org/10.29397/reciis.v14i2.1912